Com um leve sopro dos meus lábios,
Desprendem-se bolhas de sabão.
Rompem o cordão umbilical,
E num engatinhar moroso,
Precipitam-se em voos sinuosos.
Quanto mais leve a brisa,
Quanto mais leve a brisa,
Mas rodopiam sorrateiras,
Fotografando os lampejos do sol,
Numa mágica que abduz a terra inteira.
Circulando em leves espirais.
Circulando em leves espirais.
Roubam o vislumbre da natureza:
O verde rendado das matas,
O matiz das inefáveis flores,
E todo o céu bordado em cores.
Nossos corpos viajam com elas,
Nossos corpos viajam com elas,
E com elas, transitam os olhos da alma.
Como sequestrados por naves espaciais,
Como sequestrados por naves espaciais,
Assim são nossos sonhos passageiros,
Valsando leves, ilusórios, fagueiros,
Impressos na "caixa preta" da vida.
Toda beleza se esvai, num voo desigual
Toda beleza se esvai, num voo desigual
E explode ao sopro de um simples vendaval.
Chuva de lágrimas, queima nossos olhos.
Chuva de lágrimas, queima nossos olhos.
Enquanto a vida presa a tanta recordação,
Desaparece num breve lampejo,
Como se apenas fosse -Bolhas de sabão.
Rio, 11/06/2010- Jailda Galvão Aires
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Um comentário:
Lindo poema Jailda,
Beijos.
Francisco Galvão
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