quarta-feira, 29 de junho de 2011

MULTIVERSO I


Girava todo o infinito
Nos polos do meu poema 
Como pode outro sistema 
Deixar meu verso restrito

Absorta acreditava
Que fosse o multiverso
Um ramalhete de verso
Que o poeta rimava.

Multiplicaram as estrelas
Minha estrofe encolheu.
Me perdi só em perdê-las
Já não sei mais quem sou eu.

Meu céu agora finito
Não passa de um universo
Dentro de um multiverso
Um pontinho aonde habito.
   Rio, 28/06/2011, Jailda Galvão Aires

domingo, 19 de junho de 2011

ANA LIA

Anjinho barroco
Olhinhos de mar
Como podes ser tão linda,
Oh! Menina,
Como é belo teu olhar

Bonequinha de louça
Quem te escupiu assim?
Os pincéis que te pintaram
Se inspiraram
Nas rosas de algum jardim

Fui à Capela Sistina
Faltava um anjinho ali
Uma menina bonita
Num vestidinho de chita
- Eu disse que nunca vi

Bonequinha rosada
Sei onde te encontrar
Te esculpiram na Bahia
Com poesia,
Pra enfeitar o Paraná.
 Rio, 19/06/2011