Quem choraria se eu
hoje partisse
Se sumisse ou se eu
expirasse,
Com um só bilhete eu
viajasse
E de repente sem que
ninguém visse
Eu desembarcasse.
Se eu, invisível, sob um áureo manto
Ninguém me acharia
se me procurasse,
Ninguém me veria se
me encontrasse
E num encanto só por
desencanto,
Nunca mais
voltasse...
Alguém impediria se
um cavalo alado
Ou uma nave louca me
arrebatasse
E se na liberdade eu
me encontrasse
E amasse tanto o céu
estrelado
Que por lá ficasse?
Navegando pelo
espaço afora
Se lá do alto eu pra
terra olhasse
E ninguém do meu
rosto se lembrasse
Por mim, nenhuma
lágrima rolasse.
Na certeza, jamais
eu voltaria.
Na incerteza, nunca
partiria.
Talvez nem pensasse.
Rio, 24/02/2012. Jailda Galvão Aires
Um comentário:
Linda mas triste.
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