"...Assim como os céus são mais altos do que a
terra,
Os meus caminhos mais altos do que os vossos
caminhos,
Meus pensamentos, mais altos do que os vossos
pensamentos.
(Is 55:8-9)
(Is 55:8-9)
Teus
propósitos Pai, nem sempre são os nossos anseios.
Tuas
veredas não são as nossas veredas.
Não entendemos
quais fins justifiquem os meios.
Somos
limitados para alcançar as Tuas certezas.
Em que
estrelas moram os nossos sonhos?
Onde fica
armazenada a nossa luta incessante
Às vezes
gloriosa e muitas vezes inglória?
Sabemos
que os nossos filhos pertencem a si mesmos,
E cada um
escreverá, se a vida permitir, a sua própria a sua história.
Quando
deixam o calor do nosso ventre,
Fazem
morada eterna em nossa mente.
E, mesmo
distantes e independentes,
Mais perto
estão dos nossos corações,
Das noites
em claro povoadas de medos.
Dos
joelhos ao chão em aflitivas orações,
Queremos
enxugar seus prantos, educar seus erros.
Mostrar-lhes
o mar, o céu, os passarinhos...
Fotografar
os seus primeiros passos,
Colar na
parede os primeiros rabiscos
E,
descobrir em cada semelhança.
Os traços do
papai, da mamãe, dos irmãozinhos...
Respondemos
aos intermináveis por quês
Revistamos
as mochilas e os uniformes,
Os livros, os cadernos e cada dever escolar.
Os livros, os cadernos e cada dever escolar.
Repetimos
histórias até adormecerem,
Pedindo
aos “anjos” que protejam os seus sonhos
E todos os
caminhos por onde irão trilhar.
Queremos
vê-los levantar o suado diploma,
Jogar mais
alto o capelo e gritar: Vitória!
Vitória
também nossa! Missão cumprida.
Que para
nós foi ontem e lampejo de vida.
Por mais
amor que tenhamos por Ti meu Deus,
Não
aceitamos a inversão da partida.
Em
lágrimas dolorosas aos céus blasfemamos :
- Não
queremos guardar medalhas por heroísmo.
Queremos
vê-los fortes, felizes, vivos,
Para dizer
a cada novo dia o quanto nós os amamos.
Às vezes conjecturo:
Logo eu, que nada sei...
Que ao
serem gravadas as “Tábuas da Lei”.
Não sei se
Deus, por não ser mãe, se esqueceu,
Ou
Moisés, ante a sarça com seu ardente brilho,
Não gravou
o “XI mandamento que assim seria”:
- Nenhum pai ou mãe viverá para
enterrar um filho.
3 comentários:
Mãe,
Essa é a essência da vida.
Viver sem saber o que se espera.
A única certeza é que a bravura deste homem ecoará além desta vida.
Esta alma não estará perdida na imensidão.
Deus! Apresenta, a este novo espírito de luz, o paraíso.
Leonardo, tenha uma próspera vida neste novo mundo!
Júnior
Tia,
Não há como não me emocionar ao ler tão lindas e bem colocadas palavras.
Você conseguiu descrever com leveza a missão de criar um filho e finalizar como alento a dor de perdê-lo. Sou mãe, e estou em pensamento com o Flávio e sua esposa. É no mínimo surreal perder um filho... em qualquer circunstância, mas no caso deles é pior: O Léo foi ARRANCADO deles, e mesmo sendo herói, acredito que isso não ameniza...
Que Deus, em sua infinita sabedoria, alente os corações dessa família. E que Ele ilumine mais ainda o seu coração para continuar nos presenteando com esse dom maravilhoso!
TE AMO!!!
Beijos,
Dulcinha
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