-Fala meu mestre Drummond:
-“Mundo mundo vasto mundo,
Se eu me chamasse Raimundo
Seria uma rima, não seria uma
solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.” Drummond
-Vida vida longa vida
Sendo meu nome Jailda
Sou pobre rima sem nenhuma
solução.
Vida vida longa vida,
Minha vida é uma equação
Carlos Drummond, meu poeta,
O nome não faz o homem
E nem tampouco a mulher
Se eu me chamasse Tereza
Não saciaria a tristeza
Dos que não sabem viver
Se te chamasse Trindade
-A cruel desigualdade,
Que mina o nosso Brasil,
Não podias fazer nada
Pela nossa pátria amada
Gerida por um covil.
Se eu me chamasse Celeste
Não mudaria o nordeste
A grande “Indústria da Fome.”
Onde o dinheiro é roubado
O recurso desviado
Para eleger mais um nome
Se te chamasses Eugênio
Serias o que foste - um gênio
Das letras e do saber.
Num país pobre de escola
Ser sábio não te consola
Ao ver um povo sofrer.
Num país pobre de escola
Ser sábio não te consola
Ao ver um povo sofrer.
Fosse o teu nome Eugênio
Serias o que foste - um gênio
Na expressão do saber.
Num país de corriolas
Não construirias escolas
Querer nem sempre é “poder”?
Num país de corriolas
Não construirias escolas
Querer nem sempre é “poder”?
Se eu me chamasse Clarissa
Não mudaria a justiça
E nem a Constituição
Só tem cobra e lagarto
Não mudaria a justiça
E nem a Constituição
Só tem cobra e lagarto
Farinha do mesmo "parto"
Chamada corrupção.
Por isso meu velho amigo,
Bebe este trago comigo
Desce num lindo corcel
Traz um punhado de versos
Enriquece o universo!
Voltas depois para o céu
Desce num lindo corcel
Traz um punhado de versos
Enriquece o universo!
Voltas depois para o céu
Jailda Galvão Aires - em 29/09/2013