Por mais que eu relaxe não consigo
dormir.
O sono, eterno fugitivo, não vem.
Ouço as pulsações do meu peito
Como se fossem teus passos
E neste caminhar espreito
Sinto que rondas o meu
quarto.
L evanto-me, em vão te procuro.
Estranho vazio se apodera de
mim.
Sinto falta dos meus sonhos
Mas como sonhar sem dormir?
Sento-me na cama - penso em ti
A solidão austera me invade
Busco refúgio nos meus versos
Mas em cada reverso
Gravado estás
Como nos sonhos,
Na saudade
Nas voltas do meu universo.
Plasmam imagens de tantas coisas
vividas
E te desejo mais que antes
Mesmo sabendo que não
houve despedida.
Vencida pelo cansaço desmaio
adormecida
Enquanto vislumbras sorrateiramente.
A realidade, sem te, não tem
sentido.
Se te tenho por inteiro em meu
sonhar
Quero meu ser assim desfalecido
- Nunca mais quero acordar.
Coaraci-Ba, 11/01/69 Jailda Galvão
Aires
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