segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

RECOMEÇAR

Minha alma está vazia, semimorta,
Sombria, metafórica, acabrunhada.
Sem sol, sem claraboia e sem porta.
Minha alma está oclusa. Está fechada.

Tentei abrir os trincos da anteporta,
Rangeu como uma dor enferrujada,
Forcei a janela. Estava torta.
Prendi meu coração. Não vejo nada.

Sei que lá fora o sol está sorrindo
Há cores no jardim... Que dia lindo!
E eu aqui fechada no meu ser.

Preciso sair desta clausura
Sentir na alma a brisa da doçura. 
Vibrar os sinos de um feliz viver.  
Rio, 18/02/2018Jailda Galvão Aires.